Wednesday, May 30, 2007

Simples viagens de combóio

Li o capítulo 3 na minha viagem de combóio de regresso a casa. Já fiz essa viagem tarde e a "más horas". Como é normal, nessas horas não há muita gente a viajar de combóio, por isso dou-me ao luxo de poder vir a falar sozinha, fazer as minhas caretas, rir, chorar, cantar, dormir...

A dada altura do capítulo propõem um exercicio à personagem: "encoste-se para trás e faça que as pontas dos seus indicadores se toquem (...) O que vê?"

Sozinha no meu lugar, fiz isto mas não vi nada... voltei a tentar e nada... tentei mais uma vez e optei por continuar a ler. Supostamente deveria ter visto uma espécie de energia. De facto não vi, mas muitas vezes sinto uma energia positiva que vem de outra pessoa ou de um determinado local. Também sinto o oposto... chato é quando essa energia negativa que sentimos vem de uma pessoa nossa amiga... já senti isto e é muito desconfortável... pergunto se será possível? Não devem os nossos amigos transmitir-nos energias positivas?

Ainda sobre as minhas viagens de combóio... há pouco tempo numa viagem de combóio a caminho do trabalho acompanhada de alguns amigos, um destes disse-me perante o meu silêncio "estás com cara de caso e isso afecta as pessoas que estão à tua volta".

Nós afectamos os outros... já pensaram nisso?!?!?! Já pensaram como cada coisa que fazemos pode mudar a energia de uma outra pessoa ou local?!?!? Da mesma forma, será que as nossas perspectivas criam tudo o que acontece?!?!?!

Cat... não tenho resposta... será que alguém tem?!?!?!

Monday, May 28, 2007

Locais com energia

Há de facto locais que nos fazem sentir melhor.
No livro há um sítio - Viciente - que os faz sentir quase em êxtase.
Já tive o privilégio de estar num local destes - Avebury.
Numa viagem de carro pela Inglaterra, no ano passado, quando dava por mim estava a regressar a Avebury novamente. E mesmo que dissesse que era a última vez, lá estava eu de novo um dia depois. Era como se houvesse um grande íman a puxar-me até este local onde me sentia maravilhosamente bem, em paz, feliz.
Percebo agora que tivesse a ver com a sua energia poderosa.

Thursday, May 24, 2007

Até que ponto as nossas expectativas...

criam tudo o que nos acontece?
Boa questão esta.
É como aquela velha questão: "Uma árvore caiu na floresta. Será que caiu mesmo, ou só caiu porque alguém a viu cair."
O mesmo se coloca aqui.
Será que algo acontece porque eu já estou à espera que isso aconteça?
Se eu não estiver à espera aconteceria também? Da mesma maneira?
E não estaremos sempre à espera de algo?
Não somos impelidos constantemente a criar as nossas próprias expectativas?
Como seres pensantes é impossível não tentar antever.
Mas a expectativa está em colocar aí a nossa atenção.
Constantemente.
Ininterruptamente.
E é dessas amarras que precisamos libertar-nos. O tal viver cada momento como se fosse único e encantarmo-nos constantemente com a beleza do mundo.
E ao que parece esse encanto refere-se à energia emanada.
Mas isso fica para outro post.

Wednesday, May 23, 2007

Gelado para todos!

Hoje faço anos! Quando era mais pequena não gostava muito da ideia de fazer anos mas agora já não! Eu gosto da sensação de ter virado mais uma página na minha vida e de ter tido a oportunidade de escrever nela. Cada vez mais gosto deste dia, de pensar que há pessoas que se lembram de mim e que tentam a todo o custo falar comigo (que não é fácil, confesso e admito) para desejar "Parabéns"... e como isso sabe bem! Cada palavra amiga, cada riso, cada gesto sabe-me a gelado de menta com pedaçinhos de chocolate! Porquê? Porque cada palavra refresca e adoça o meu espírito!
Também há a outra face, a de ficar à espera que alguém ligue e essa chamada nunca aparece! Aí parece que comi uma laranja ácida! Porquê? Porque estava à espera de comer algo doce e...

No segundo capítulo da Profecia Celestina, o professor fala sobre o Manuscrito e a dada altura diz "trabalhar para atingir um estilo de vida mais confortável, um modo mais confortável de sobreviver, foi um objectivo que foi ganhando força, até se tornar num fim em si próprio e a nossa razão de viver (...). Esquecemo-nos de que ainda não sabemos para que sobrevivemos".

Eu não gostei da ideia que sobrevivemos... eu quero pensar que vivo, quero pensar que vivi mais um ano, que fiz muitas coisas, que descobri muitas coisas, que errei muito mas acima de tudo que consegui em algum destes dias fazer sorrir alguém. Não sei se é para isso que vivo, não sei porque vivo e sinceramente... hoje nem quero pensar nisso!

Aqui deixo um agradecimento com sabor a gelado de chocolate e morango com cobertura de chocolate quente para todos aqueles que preenchem a minha vida, que entraram nela, que saíram dela e que contribuiram ou contribuem para escrever o livro da minha vida!

E quanto à razão para vivermos, ou sobrevivermos, certamente falaremos mais tarde numa perspectiva menos "aniversariante"!

Friday, May 18, 2007

Decidir cansa!

Já repararam na quantidade de decisões que necessitamos de tomar por dia? Há dias em que sinto que não quero decidir mais nada... até ao momento que tenho mesmo de o fazer!

Logo a seguir à cena da casa de banho o personagem comenta: "entrei na casa de banho e tentei reflectir sobre a decisão a tomar, tanto mais que uma parte de mim mesmo desejava esquecer tudo". Engraçado... quando estou mais cansada e preciso de tomar uma decisão, tento reflectir sobre esta mas uma parte de mim pensa "quem dera não ter de decidir"!

Apesar de tudo, sei que este é um pensamento falso porque aprecio por demais a liberdade e o poder que tenho para tomar decisões... umas melhores do que outras!

Denis, o Irlandês... impossível não pensar nele! Tenho a sorte de ter partilhado esta história contigo e hoje quando penso nele já não o consigo ver somente como uma figura caricata e cómica. Quando penso no Denis relembro as palavras que nos disse no final da viagem e na forma como nos agradeceu por algo que não demos conta ter feito! Nunca pensaste no que fizemos para que ele nos agradecesse? Eu por vezes tento mas desisto de encontrar uma resposta porque se calhar não é para existir resposta. Nós fomos para ele o mesmo que muita gente que já se cruzou na minha vida foi para mim.

Relembro um caso...
Em 2003, cruzei-me com alguém que estava num parque perto da praia a lançar um papagaio. Parei junto a ele, divertida com as manobras que executava quando de repente perguntou-me se não queria lançar também. Desde aí, já comprei o meu papagaio e motivei dois outros amigos a comprar o seu. Sinto-me feliz quando o vou lançar ao vento da praia, quando cai por terra e mesmo quando não levanta por azelhice minha! Nunca mais falei com o rapaz do papagaio apesar de ter o seu contacto. Porquê? Porque ele fez o que tinha a fazer por mim!

A minha decisão de ter ido à praia naquele dia frio e cinzento mudou para sempre a minha vida... mas essa foi uma decisão fácil de tomar!

Thursday, May 17, 2007

A loucura de partir sem fazer quaisquer preparativos

A pergunta seguinte é como tornar conscientes essas coincidências.
No livro há uma passagem que eu acho fantástica:
"Decidi ir à casa de banho. Quando atravessava o salão, reparei num homem à conversa com um comissário.
- Pensei que já tivesse ouvido falar do Manuscrito.
Fiquei mudo de espanto."
É precisamente este o momento em que nos tornamos conscientes e podemos agir ou esquecer.
E onde se insere a nossa intuição em tudo isto? É apenas um imaginar que é por este ou por aquele motivo que estamos em determinado local, com determinadas pessoas. É o tal momento certo, à hora certa.
De facto, tudo tem a ver com tempo e espaço.
Acomodamo-nos a uma situação (pode ser um emprego, um momento familiar) e não saímos dele, vivemos obcecados com o trabalho, somos perfeccionistas ou sofremos de stress e não conseguimos abrandar o nosso ritmo de vida.
"Utilizamos a rotina para nos distrairmos, para reduzir a nossa vida a meras considerações práticas. Tudo isto por insegurança em relação às nossas razões de viver."
Quando saimos dessa letargia voltamos à pergunta original: Qual a verdadeira razão porque estamos aqui?
Será que percebemos que os encontros ocasionais têm um significado mais profundo?
Não podemos estar à espera que as respostas nos caiam no colo; às vezes é preciso pequenos empurrões do destino. Porque encontrei esta ou aquela pessoa num determinado momento da minha vida?
Penso muitas vezes no Denis, o Irlandês. Parece que o conheci num momento em que não estava preparada para esta figura peculiar que vivia no meio de um turbilhão de anjos e demónios. Tenho a sensação de que não aproveitei esse encontro devidamente. Mas será de facto? Acredito que o Universo nunca se engana e se colocou o Denis, o Louco no meu caminho no Verão de 2001 houve uma razão para isso, nem que seja porque de alguma forma me despertou para os meus próprios medos.
Hoje talvez fosse diferente. Mas ele não volta pois não? Cumpriu o seu papel.
Então para quê fazer planos de viagem? É só esperar o timing perfeito e partir. A intuição nos dirá.

Wednesday, May 16, 2007

Com incidências

Ia eu hoje a descer a rua e resolvi atravessar para o outro lado da estrada. E não pude deixar de pensar naquele filme com o Nicholas Cage em que ele tem a hipótese de saber o que acontece se ele tomar uma decisão diferente num determinado momento da vida dele. Ou seja, se eu não atravessasse a estrada o que acontecia?!
Estava eu nesta ideia imaginada quando tropecei e ia quase estatelando-me no chão. Pois! Desatei-me a rir.
Nunca saberei se me teria acontecido o mesmo do outro lado da estrada (até nas coisas mais simples pode haver coincidências e quem sabe estava predestinado eu quase cair naquele lugar por uma qualquer razão do universo que desconheço). O melhor é seguir em frente e ter mais cuidado por onde ando.
Mas espera! Não é bem isto que o capítulo 1 fala. É suposto estarmos mais atentos a estas coincidências para saber qual o caminho que o Universo nos mostra.
Por isso a partir de hoje é melhor começar a ficar mais atenta não propriamente à piada da coincidência mas ao que esta pode representar.

Mas há coincidências ou não?

Li o primeiro capítulo duas vezes, e mais vezes que lesse mais me revia nele!

De todo o capítulo quero partilhar a frase que fez com que parasse a leitura e contemplasse o espaço durante algum tempo. Diz assim: "Andamos à procura de nos realizarmos mais na vida e não toleramos o que parece abater-nos".

Há dias assim, em que buscamos uma realização e ela não surge como esperavamos... e depois há a crise... Há outros dias em que as coincidências da vida nos mostram que não é preciso andar nesta busca persistente e por vezes cansativa... há coisa simples e estúpidas que podemos fazer que nos fazem sentir bem e realizados.

São suficientes para dizermos que estamos completamente realizados? Não sei!
Serão coincidências? Não sei!
Terá sido coincidência ela ter pensado nele quando ouviu falar do manuscrito? Não sei!
Terá sido coincidência ela ter parado no aeroporto? Não sei!

Só sei que gostei muito das últimas "coincidências" que vivi!

kiss

Tuesday, May 15, 2007

A demanda

A ideia deste blog surgiu numa noite de conversa profunda e inspirada em que as duas autoras (C e N) decidiram começar a (re)ler o livro da Profecia Celestina, de James Redfield.
No final de cada capítulo deixamos aqui as nossas impressões e o que sentimos sobre o que é descrito no livro.
Para quem já leu sinta-se convidado(a) a reler. Para quem nunca leu fica o convite feito.
Vamos a isso!